O objetivo deste artigo é demonstrar como compreender o Cálculo Diferencial de uma forma intuitiva com a menor quantidade de números e matemática possível.

O que é uma função?

Você pode pensar que uma função é como uma máquina com esteira. Sempre que algo entra (input), será transformado em algo diferente do outro lado (output).

Esteira de Produtos

Por que isso importa? Bem, porque nos ajuda a entender tendências e, no mundo real, as tendências nos ajudam a compreender coisas como: qual retorno financeiro terei ao investir no produto “X”, quão rápido uma doença se espalha, etc.

Um exemplo simples de função é a função f(x) = x + 1. Ou seja, para cada x (input), nossa máquina o transformará em x + 1. Por exemplo, se x for 1, então f(1) = 2, e assim por diante.

Função f(x)

Encontrando a variação de uma função simples

Inclinação

Agora precisamos entender algo importante e crucial para a continuação deste artigo: a inclinação dessa reta. Digamos que eu queira saber qual a inclinação entre os pontos em x0, x = (3, 4), sabendo que eles resultam em y0, y = (4, 5). Como se trata de um intervalo, vamos chamar de Δx e Δy. A inclinação é dada por:

Δy/Δx = (y - y0) / (x - x0) = (5 - 4) / (4 - 3) = 1

Simples, não? Agora eu sei que a taxa de variação é 1, ou seja, cada unidade em x implica uma variação de 1 em y.

Como essa função é linear, qualquer par de pontos x, y que escolher sempre resultará em 1.

Entendendo a complexidade de funções no mundo real

Dragão Europeu

Como você deve imaginar, no mundo real, as coisas não são bem assim. As funções são muito mais caóticas. Vamos ver outro exemplo: f(x) = x^2.

Função f(x) = x^2

Por exemplo, temos um caso em que não é possível simplesmente aplicar o que aprendemos antes, porque não temos mais uma reta. Nesse caso, a variação ocorre em cada ponto desta função. O que eu faria para saber a variação naquele exato ponto?

Você acabou de fazer a pergunta que é a base de todo cálculo diferencial!

Encontrando a variação de funções complexas

Como vimos, não é possível encontrar, de forma simples, a taxa de variação para a função f(x) = x^2. Aqui entra o cálculo diferencial e uma palavra que você pode ter ouvido antes: DERIVADA. Ela permite que, para cada ponto, seja possível saber a inclinação. Sabemos que a derivada de f(x) = x^2 é f’(x) = 2x, ou seja, no ponto x = 4, nossa variação é 2 * 4 = 8.

Não vou entrar nos detalhes de por que isso é assim, pois não é o objetivo deste artigo.

Em suma, podemos concluir que o objetivo do cálculo diferencial é entender como se comportam funções complexas (que mudam de variação em cada ponto) no mundo real.